sábado, 17 de maio de 2014

A vista

De tanto tentar deixei que viesse sinceramente.
Todos os instantes permiti sua manifestação de mudez que aqui se insere.
A este repentino desafio que se faz presente,
Remeto-me a todos os instantes menos cabíveis.
Eu vendo,
Há quilômetros de distância todas as distorções do que me parecia mais exato,
Controlava tudo o que vinha ao meu redor, mas escorregava entre os dedos,
Com todos os gostos e sensações do que me apresentava.
E sendo,
Apenas aquilo que me projetava neste tempo tão saudoso,
Cheia de indagações mais trajadas de rebeldia inconformada.
Aqui por quanto? por onde? por quê?
Eu tento,
Voltar ao vazio e dar novos sentidos a minha epopeia súbita,
Mas entre cavalos, lanças e reinos o que me fará mais sábia?
Vestir-me com a armadura? Saber cravar a lança? Ou ter um bom cavalo?
Eu me atento
A cada instante, a cada hora, a cada detalhe
E ainda assim sempre me deparo com o nada.
Estes instantes, horas, detalhes não me deixam mais que retratos na parede.
Como voltar? E voltar me traz recomeço?
Porque se volto e rabisco tudo de novo, será que meu começo será começo?
Será que voltar é recomeço?
Será avesso?
Será que eu sempre tendo, sendo, atento chego a tempo pra pensar no que partiu?
Ou no que começou?
A única certeza é de que a tudo que me cabe,
Cabe minha história.