sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Medo


Aposto que só de ler o nome que dei ao meu texto de hoje a maioria dos leitores, pelo menos, ficou curiosíssima pra saber o que é que eu iria escrever logo abaixo. Pois bem, sobre aquilo que todos fugimos mas que nos persegue a todo instante. Esse sentimento impiedoso nos assola principalmente com as manchetes de jornais e revistas, com imagens impactantes e com palavrinhas que nos deixam profundamente incomodados. Mas o que venho escrever neste post desta vez não é sobre o medo da violência e da criminaidade, até porque esse tema foi bastante discutido e já está até desgastado. Hoje, quero discutir sobre o medo que nos impede de viver livremente, da forma como queremos. E falo mas especificamente sobre o medo de se expressar. Este blog foi uma das formas que encotrei de me libertar de algumas dificuldades. Constantemente somos monitorados e forçados a escrever da forma "correta" para os professores. Isso, de certa forma, foi me limitando um pouco. A menina que antes adorava fazer poesia, escrever crônicas e criar versinhos no roda-pé da folha do caderno se tornou o "robozinho" programado pra escrever textos concisos, formais, e restritos a quatro parágrafos e a uma determiado número de linhas. E os meus pensamentos viraram passarinhos tristes dentro de uma gaiola, com o tempo foram se acostumando a aquele lugarzinho pequeno, que de vez em quando jogavam alpiste pra continuar cantando. Mas, por favor, caros leitores, não quero com isso dizer que devemos abolir tudo o que nossa língua tem a nos oferecer e virar estrangeiros dentro de nosso próprio país. Falo aqui sobre a restrição dos pensamentos e tentativa de tornar tudo o que escrevemos neutro (o que é totalmente impossível), ou que esteja de acordo com o que uma banca de avaliadores ou um professor deseja ler. Por tanto já chega! Não quero mais os cantos tristes! Fora o formalismo literário exigido em escolas, vestibulares e faculdades. As pessoas tem difuldades de escrever justamente porque quando abrem a gaiola elas seus pensamentos tem medo de voar! A liberdade de expressão foi garantida com o fim da ditadura mas as regras e padrões da redação nas instituições de ensino só prejudicaram aquilo que tinhamos como direito! Vamos contruir um Brasil mais criativo, vamos nos libertar das amarras e ganhar gosto pelo há de mais bonito e sincero a PALAVRA!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Reflexão do dia

Há uns dias atrás estava lendo um texto sobre um cara muito estranho, perturbado porém brilhante chamado Nietzche. Faz pouco tempo que o conheci contudo percebi o quanto ele se sentia incomodado por viver em um mundo regido de regras, moralismos e tradições. Infelizmente ele sofria o mesmo mal que todos os homens que não foram domesticados - o inconformismo. Embora tivesse muitos problemas por não aceitar as condições que era submetida a sociedade ocidental ele guardava os pensamentos mas lindos que uma mente revoltada e confusa poderia ter. Uma de suas filosofias, denominada de Retorno que contrariava o velho pensamento de viver cada momento como se fosse o último e defendia que se deveria viver da forma que deseja viver novamente, foi uma das coisas mas sábias que já ouvi. Tornar uma vida mais feliz é simplesmente fazer com que todos os acontecimentos sejam especiais e desejar que se repitam infinitamente, mesmo os mais simples. Mas por que é que as pessoas tornam as coisas tão complicadas? Por que tornam alguns momentos tão desagradáveis?? Talvez seja por isso que estão sempre tristes e aborrecidas. Porque os momentos ruins acabam se repetindo. Mas não estou aqui pra escrever sobre auto-ajuda, até porque apredi a detestar esse gênero depois que entrei para faculdade. Foi apenas uma reflexão. Bem...e já que estamos falando em momentos da vida fiz uns versinhos. Desculpe pelo tamanho e a falta de profundidade mas é que já procurei em todas as gavetas e caixinhas em minha casa e não acho a bendita da minha inspiração!



Aconteceu.

Estranho, eu não percebi, nem bateu na porta e já foi entrando com os passos rápidos e bem objetivos.

Eu, boba de espanto olhava apática aquilo que estava diante de meus olhos.

E por um instante desapareceu, foi embora sem deixar nenhum vestigio.

E o pior é que levou consigo o meu sorriso.

Triste, permaneci sentada da mesma forma que me encontrava antes.

Que injusto!

Os dias vão embora nos deixam apenas as angústias pra contar.